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O que você vai ver neste post:

 

Contextualização

A BNCC será utilizada como referência para o desenvolvimento deste plano de aulas. Em termos de diversidade cultural, ela propõe que sejam contempladas as culturas de diferentes povos, como os povos indígenas brasileiros.

Com ele as seguintes habilidades poderão ser desenvolvidas: EF67LP28, EF69LP46, EF69AR23, EF69AR34 e EF69AR35.

O objetivo deste plano de aulas é oferecer uma experiência imersiva de contação de histórias de povos indígenas brasileiros, pensada para alunos do Ensino Fundamental II.

Nele serão utilizados os seguintes recursos tecnológicos:

  • Celulares,
  • Aplicativo execução de vídeos do YouTube,
  • Como recurso opcional: Jogo educacional digital – Huni Kuin.

 

Cenário de uso

A proposta apresentada poderá ser aplicada tanto em sala de aula, quanto em feiras ou mostras culturais e poderá ser adaptada ao contexto de cada professor (a) e/ou escola.

Para o bom desenvolvimento desta atividade serão necessários aparelhos de celulares, caixa de alto falante (caso a potência sonora dos aparelhos não seja boa), conexão com a rede de dados (ou wifi), papelão, objetos para a produção dos instrumentos de sonorização (variados). Itens diversos do material escolar, como materiais de papelaria. Os itens opcionais são: Lentes Google Cardboard e computadores [3].

 

Sugestão de planejamento

Aula 01: Apresentação rápida do projeto de contação de histórias (10 min.), montagem dos grupos (até seis alunos por grupo). Início da montagem do Google Cardboard [1 e 3] (40 min). Caso a escola não possa comprar as lentes específicas, estas poderão ser substituídas por tubos de papelão com 15 cm de comprimento e mesmo diâmetro das lentes. Avaliação: participação efetiva do grupo na execução da proposta apresentada.

A proposta da aula 01 é fazer com que os alunos tenham um momento de confecção de seus próprios utensílios de aula, trabalhando assim a autonomia na resolução de pequenos problemas.

 

Aula 02: O professor ou a professora responsável pelo projeto deverá selecionar uma história da cultura indígena para cada grupo (antes da aula). Cada grupo deverá ler e entender o texto, decidir quais recursos sonoros farão parte da apresentação e fazer a seleção de vídeos 3D para a ambientação da história, como vídeos de florestas, rios, etc. Avaliação: Verificação da compreensão na leitura das histórias e do desenvolvimento do roteiro da apresentação.

A proposta da aula 02 se resume na ideia de fazer com que os alunos tenham algum contato com uma cultura diferente da sua própria. Ao ter contato com as histórias os alunos irão trabalhar a imaginação, bem como o desenvolvimento da ideia em seu grupo. Essa troca é importante para que cada aluno exponha sua compreensão sobre a leitura e o grupo construa junto à proposta imagética do que se espera na apresentação.

Além disso, após colocarem as ideias no papel, os alunos pesquisarão vídeos imersivos (3D) para complementar sua execução sonora [3].

 

Aula 03: Nesse momento cada grupo irá montar a composição da sua apresentação. Portanto precisarão ensaiar a contação das suas histórias. Recomende que o grupo desenvolva um roteiro, onde cada parte da história tem a indicação do que deve ser feito, assim no dia eles não se atrapalharão. Avaliação: Desenvolvimento da sonoplastia da apresentação.

Aqui, os alunos irão se organizar para desenvolver toda a apresentação. O trabalho em grupo e o planejamento são dois pontos essenciais para que a atividade aconteça e cumpra com seus objetivos iniciais.

Caso seja necessário, pode ser recomendado aos alunos que se organizem por aplicativos em nuvem e de forma colaborativa, como o Google Docs, por exemplo.

 

Aula 04: No dia da apresentação os alunos precisarão contar a história, enriquecida pela sonoplastia escolhida, enquanto os alunos dos outros grupos irão utilizar o Google Cardboard [1 e 3] para ter uma experiência imersiva na história contada. Avaliação: Execução do roteiro da contação de história.

No dia da apresentação cada grupo deverá indicar o vídeo escolhido, para que os outros alunos possam encontra-lo e ao solicitarem o início da apresentação, todos deverão estar com seus óculos de realidade virtual funcionando. Durante a execução dos vídeos, o grupo deverá contar a sonorizar a história para os outros alunos. A Realidade Virtual é um complemento muito importante, pois pelo fato de ser imersivo, aumentará a interação dos alunos com a cultura indígena (nesse caso é o foco do projeto).

 

Aula 05 (opcional): Caso julgar relevante para o projeto trabalhar outra história, a sugestão é a de se utilizar um jogo educacional digital desenvolvido por pesquisadores da USP com a comunidade Huni Kuin, no Acre [2]. Peça aos alunos, nos 15 minutos finais da aula, que comparem as histórias ouvidas com a que foi jogada e identifiquem os elementos parecidos e os diferentes. Avaliação: Análise do comparativo feito pelos alunos.

 

Aula 06: Converse com os alunos e peça para que relembrem o que foi trabalho durante todo esse processo. Fale com eles sobre as competências e habilidades desenvolvidas e faça uma devolutiva sobre o desempenho de cada grupo. A avaliação deverá acontecer durante todo o processo, como apresentado em cada aula. Verifique se cada grupo conseguiu desenvolver as habilidades apresentadas.

Aqui, os alunos poderão fazer a avaliação não somente do jogo, mas também de todo o processo, afinal, o processo educacional precisa ser efetivo e interessante para os alunos, também!

 

Características das TICs

Vídeo 3D [3] : Vídeos selecionados pelos alunos que interagem com quem os assistem, trazendo uma experiência mais imersiva. De fácil utilização.

Google Cardboard [1 e 3]: Aparato de uso individual, confeccionado manualmente para alojar os celulares. De fácil construção, foi pensado para ser utilizado dentro do contexto escolar. Requer papelão e recortes feitos com tesoura.

Para fazer seu próprio óculos de realidade virtual sem lentes, leia o post: “Faça seu próprio Google CardBoard (SEM LENTES) + Vídeos selecionados”

Curadoria de vídeos em 3D: Desenvolvimento de habilidades voltadas para curadoria de conteúdos.

Jogo Huni Kuin [2]: Projeto desenvolvido por pesquisadores da USP com a comunidade Kaxinawá (Huni Kuin), no Acre. A própria comunidade quem fez o design visual do game, que conta a história da origem de seu povo. O jogo é composto por fases em que os personagens devem coletar itens da floresta e enfrentar dificuldades para vencer inimigos. No desenrolar do jogo os personagens descobrem mais sobre suas origens. De jogabilidade e mecânica simples é voltado para alunos do Ensino Fundamental II.

Para conhecer o jogo Huni Kuin, leia o post: “Huni Kuin: Yube Baitana – Os caminhos da Jiboia”

Avaliação: Deverão ser considerados aspectos qualitativos que os alunos devem desenvolver.

Avaliação sobre o processo desenvolvido (Alunos): Deverão ser consideradas as opiniões dos alunos, afinal o processo deve agradar tanto a professores, quanto alunos.

 

Referências

[1] Kit de montagem do Google CardBoard. https://gstatic.com/cardboard_assets/cardboard_manufacturers_kit.zip

[2] Huni Kuin: Yoube Baitana – Os caminhos da Jiboia. https://www.makerzine.com.br/educacao/huni-kuin-yube-baitana-os-caminhos-da-jiboia/

[3] Faça seu próprio Google CardBoard (SEM LENTES) + Vídeos selecionados. https://www.makerzine.com.br/educacao/faca-seu-proprio-google-cardboard-sem-lentes-videos-selecionados/

 


Como referenciar este post: Experiência imersiva na contação de histórias de povos indígenas brasileiros. Rodrigo R. Terra. Publicado em: 19/10/2020. Link da postagem: (http://www.makerzine.com.br/educacao/experiencia-imersiva-na-contacao-de-historias-de-povos-indigenas-brasileiros/).


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