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Como usar uma inteligência artificial para criar planos de aula

Como referenciar este texto: Como usar uma inteligência artificial para criar planos de aula’. Rodrigo Terra. Publicado em: 17/04/2025. Link da postagem: https://www.makerzine.com.br/educacao/como-usar-uma-inteligencia-artificial-para-criar-planos-de-aula/.

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A rotina de um professor é repleta de desafios: corrigir atividades, atender alunos, participar de reuniões pedagógicas e, claro, planejar aulas que sejam significativas, bem estruturadas e atrativas. Em meio a tantas demandas, as inteligências artificiais generativas surgem como aliadas poderosas, oferecendo apoio direto à criação de conteúdos educativos com agilidade, personalização e criatividade.

Essas tecnologias, como o ChatGPT, permitem que professores formulem planos de aula completos a partir de comandos simples, economizando tempo e abrindo espaço para uma prática pedagógica mais estratégica e reflexiva. Ao invés de substituir o educador, a IA atua como uma ferramenta de apoio, fornecendo sugestões, organizando ideias e ajudando a estruturar atividades alinhadas às metodologias contemporâneas.

Neste texto, você vai descobrir como utilizar uma IA generativa para criar planos de aula prontos para serem aplicados — ou adaptados conforme o seu estilo de ensino. Vamos explorar desde a definição da tecnologia até exemplos práticos de como utilizá-la no dia a dia escolar.

O que é uma IA generativa?

Uma inteligência artificial generativa é um tipo de tecnologia capaz de criar novos conteúdos a partir de dados que foram previamente analisados durante seu processo de treinamento. Diferente de mecanismos tradicionais de busca ou softwares que apenas armazenam e reproduzem informações, uma IA generativa constrói respostas inéditas, combinando padrões aprendidos com as instruções que recebe do usuário — o que chamamos de prompt.

Na prática, isso significa que, ao invés de buscar um plano de aula pronto na internet, o professor pode escrever um comando como:

				
					"Crie um plano de aula de 50 minutos sobre geometria para o 7º ano, com foco em aprendizagem ativa e uso de materiais recicláveis."
				
			

e a IA irá gerar um conteúdo único, estruturado de acordo com os critérios fornecidos.

As IAs generativas funcionam com base em modelos de linguagem, sendo os mais conhecidos os da família GPT (desenvolvidos pela OpenAI), o Claude (da Anthropic) e o Gemini (do Google). Esses modelos foram treinados com bilhões de textos, artigos, documentos acadêmicos, conversas e conteúdos disponíveis publicamente, o que lhes permite simular uma escrita fluida e coerente, em múltiplos idiomas e registros. Na educação, isso abre inúmeras possibilidades para criação de recursos pedagógicos sob medida.

É importante lembrar que a IA não é uma “enciclopédia falante” nem um ser pensante: ela não entende conceitos como um humano. Sua lógica é estatística — ela prevê qual deve ser a próxima palavra ou ideia mais provável com base no que foi solicitado. Por isso, ainda que muitas respostas pareçam completas e bem estruturadas, é essencial que o professor releia, edite e contextualize o conteúdo gerado antes de aplicá-lo em sala de aula.

Além da criação de planos de aula, a IA generativa pode ser usada para:

  • Elaborar atividades diferenciadas e adaptadas para educação inclusiva;

  • Reescrever textos para diferentes níveis de complexidade;

  • Traduzir e revisar materiais didáticos;

  • Criar avaliações diagnósticas, formativas ou somativas;

  • Sugerir dinâmicas e projetos interdisciplinares.

Essa tecnologia representa um novo paradigma no planejamento pedagógico, onde o professor passa a ter uma “coautoria digital” na criação de recursos, mantendo a curadoria humana e o olhar pedagógico como elementos centrais do processo.

Por que usar IA generativa no planejamento de aulas?

Planejar uma aula vai muito além de organizar conteúdos. Exige tempo, criatividade, alinhamento com a BNCC, adaptação às características da turma, escolha de estratégias didáticas, definição de objetivos de aprendizagem e seleção de recursos. Em um cenário ideal, todo professor teria espaço na sua rotina para construir esses planos com calma e profundidade. Mas a realidade da sala de aula muitas vezes é outra — e é justamente nesse ponto que a inteligência artificial generativa se mostra uma aliada estratégica.

Ao utilizar uma IA generativa, o professor ganha agilidade sem abrir mão da personalização. Com um bom comando, é possível gerar rapidamente uma proposta de aula estruturada, que pode ser refinada e adaptada conforme o estilo de ensino do educador, o perfil da turma e as condições da escola. Essa combinação entre velocidade e flexibilidade é um dos grandes diferenciais da IA no contexto educacional.

Outro ponto de destaque é a possibilidade de ampliar a criatividade pedagógica. A IA pode sugerir abordagens que talvez não estivessem no radar do professor: uma dinâmica baseada em jogos, uma atividade interativa com uso de tecnologia, ou até uma proposta interdisciplinar integrando áreas como Arte, Matemática e Ciências. Ao receber essas sugestões, o professor não apenas acelera o planejamento, mas também se inspira a experimentar novas formas de ensinar.

A IA também permite explorar diferentes formatos e estilos de aula: frontal, expositiva, investigativa, gamificada, baseada em projetos ou centrada em metodologias ativas. Basta indicar esses critérios no prompt e a ferramenta irá estruturar as etapas da aula de forma coerente com a abordagem desejada.

Além disso, a IA é útil para:

  • Revisar e aprimorar planos já existentes;

  • Adaptar uma mesma aula para diferentes níveis de ensino ou necessidades educacionais específicas, como inclusão ou ensino remoto;

  • Sugerir recursos digitais gratuitos ou materiais de baixo custo para a aplicação das atividades;

  • Gerar ideias para avaliação formativa e instrumentos de acompanhamento.

O uso consciente da IA não substitui o professor — potencializa sua ação pedagógica. Em vez de ser um reprodutor de modelos prontos, o educador assume o papel de curador e designer de experiências de aprendizagem, com apoio de uma tecnologia que economiza tempo e estimula a inovação.


Como funciona na prática?

Usar uma inteligência artificial generativa para criar planos de aula é mais simples do que parece. O processo se baseia em escrever comandos bem estruturados — os chamados prompts — que orientam a IA a gerar exatamente o que o professor precisa. A seguir, apresentamos um passo a passo prático para começar a utilizar essa tecnologia com foco pedagógico:

 

1. Escolha da ferramenta

Existem diversas IAs generativas disponíveis gratuitamente ou em planos básicos. As mais conhecidas são:

  • ChatGPT (OpenAI) – acessível via navegador ou app; o plano gratuito utiliza o modelo GPT-3.5, que já é bastante funcional.

  • Gemini (Google) – integrado aos serviços Google, ótimo para professores que já usam Google Docs e Drive.

  • Claude (Anthropic) – com foco em segurança e controle de conteúdo, útil para revisão textual.

  • Microsoft Copilot – integrado ao Word e Excel para usuários do Microsoft 365.

Todas essas ferramentas permitem a criação de planos de aula a partir de comandos em linguagem natural — ou seja, sem necessidade de saber programação ou termos técnicos.

 

2. Criação de um prompt eficiente

O segredo para obter bons resultados está no modo como você formula o pedido. Um bom prompt deve ser claro, objetivo e contextualizado, informando:

  • Tema da aula;

  • Ano ou série;

  • Duração (ex: 50 minutos);

  • Metodologia preferida (ex: aprendizagem ativa, gamificação, ensino híbrido);

  • Disciplinas envolvidas, se for interdisciplinar;

  • Recursos disponíveis (ex: materiais recicláveis, sala com projetor, acesso à internet);

  • Tipo de avaliação ou forma de encerramento.

 

Exemplo de prompt eficiente:

				
					"Crie um plano de aula para o 9º ano sobre 'Revolução Industrial', com duração de 50 minutos, utilizando metodologia ativa baseada em grupos e com integração entre História e Geografia. Use recursos gratuitos e de fácil acesso. Inclua objetivos, etapas da aula e uma proposta de avaliação formativa."
				
			

3. Análise crítica da resposta

A IA vai gerar um plano completo em segundos. No entanto, é fundamental que o professor revise com atenção:

  • Está alinhado com os objetivos de aprendizagem?

  • Faz sentido para o perfil da minha turma?

  • Os materiais e recursos sugeridos são realmente viáveis?

  • A linguagem está adequada para meus alunos?

O papel do educador é essencial nessa etapa: a IA gera a estrutura, mas é o olhar pedagógico que transforma a proposta em algo significativo.

 

4. Refinamento e personalização

A grande vantagem das IAs generativas é a possibilidade de diálogo contínuo. Você pode continuar a conversa com a IA, pedindo ajustes como:

  • “Adapte esse plano para o ensino remoto.”

  • “Inclua uma atividade prática com materiais recicláveis.”

  • “Sugira uma dinâmica de encerramento lúdica.”

  • “Traduza para o espanhol e use linguagem mais acessível.”

 

Cada ajuste pode ser feito com um novo prompt dentro da mesma conversa, o que facilita a personalização do plano até que ele esteja pronto para uso.

Boas práticas no uso da IA

Embora as inteligências artificiais generativas ofereçam inúmeros benefícios para o planejamento pedagógico, seu uso demanda atenção, responsabilidade e senso crítico. Como qualquer ferramenta educacional, a IA deve ser incorporada de forma consciente, com foco na qualidade do ensino e no respeito à autonomia docente. A seguir, apresentamos algumas boas práticas para garantir um uso produtivo e ético da IA na criação de planos de aula:

 

1. Revise sempre o conteúdo gerado

Mesmo que a estrutura pareça bem organizada, é indispensável que o professor leia com atenção tudo o que a IA produzir. A ferramenta pode gerar informações desatualizadas, imprecisas ou inadequadas ao contexto da turma. Além disso, os objetivos de aprendizagem, a linguagem utilizada e os exemplos propostos devem ser revisados para garantir alinhamento com o currículo, com a faixa etária e com a realidade da escola.

 

2. Utilize a IA como ponto de partida, não como produto final

Encare a resposta da IA como um rascunho inicial. A ideia é que o plano de aula gerado seja aprimorado, adaptado, enriquecido com sua experiência e com as particularidades do seu contexto escolar. A inteligência artificial não substitui o planejamento pedagógico — ela facilita e acelera as etapas iniciais, mas a versão final deve sempre passar pela curadoria do educador.

 

3. Adicione seu olhar pedagógico

A IA pode organizar informações, sugerir atividades e estruturar propostas, mas não possui sensibilidade para identificar aspectos como clima da turma, interesses dos alunos ou temas emergentes da comunidade escolar. Por isso, o olhar humano continua sendo fundamental para dar sentido ao que é produzido. Um bom plano de aula não depende apenas da técnica, mas da intencionalidade pedagógica de quem ensina.

 

4. Respeite a originalidade e a autoria

Evite copiar e colar materiais gerados pela IA em documentos oficiais sem realizar ajustes. Além da necessidade de revisão, há também questões éticas e autorais envolvidas. Sempre que possível, sinalize que o material foi elaborado com apoio de ferramentas de IA — especialmente quando for compartilhado com colegas ou publicado em plataformas educacionais.

 

5. Compartilhe, troque e aprenda com outros educadores

O uso da IA em sala de aula ainda é um território novo para muitos professores. Por isso, é interessante compartilhar os planos adaptados, trocar experiências e discutir os resultados com colegas. Essa prática fortalece a cultura de colaboração e ajuda a construir repertórios pedagógicos mais robustos.

 

6. Proteja a privacidade e os dados dos alunos

Nunca insira nomes de alunos, informações sensíveis ou dados pessoais ao interagir com uma IA. Por mais que o ambiente pareça seguro, o ideal é manter o uso da ferramenta restrito à elaboração de conteúdos genéricos, sem envolver dados identificáveis.

Exemplo de uso: plano de aula gerado com IA

Para ilustrar como a inteligência artificial pode apoiar o planejamento pedagógico, apresentamos a seguir um exemplo real de plano de aula gerado a partir de um prompt simples no ChatGPT. Esse plano foi posteriormente revisado e adaptado por um professor, demonstrando a combinação entre tecnologia e curadoria docente.

 

Prompt utilizado:

				
					“Crie um plano de aula de 50 minutos para alunos do 8º ano do ensino fundamental sobre o ciclo da água, utilizando metodologia ativa baseada em experimentação, com interdisciplinaridade entre Ciências e Geografia. Use materiais simples e acessíveis.”
				
			

Plano de aula gerado e adaptado:

Tema da aula: O ciclo da água na natureza
Duração: 50 minutos
Série: 8º ano do Ensino Fundamental
Disciplinas envolvidas: Ciências e Geografia
Metodologia: Aprendizagem baseada em experimentação
Objetivos de aprendizagem:

  • Compreender as etapas do ciclo da água e sua importância para os ecossistemas;

  • Relacionar fenômenos naturais como evaporação, condensação e precipitação com o clima e os recursos hídricos;

  • Desenvolver habilidades de observação, registro e análise por meio de uma atividade prática.

 

Recursos necessários:

  • Copos transparentes

  • Água

  • Papel filme plástico

  • Borrachinhas elásticas

  • Recipientes menores (como tampas ou copinhos de café)

  • Fonte de calor indireta (luz solar ou lâmpada quente)

 

Etapas da aula:

  1. Abertura (10 min):
    Iniciar com uma pergunta provocadora: “Para onde vai a água depois que chove?”
    Breve conversa guiada sobre a importância da água e os ciclos naturais. O professor pode usar imagens ou vídeos curtos (como os da plataforma PhET ou YouTube Edu).

  2. Atividade experimental (25 min):
    Cada grupo de alunos monta um “mini ciclo da água” em um copo: coloca água e uma tampinha vazia no centro, cobre com plástico filme e posiciona sob uma fonte de luz. Enquanto aguardam os efeitos (condensação no plástico, gotejamento), os alunos registram hipóteses e observações.

  3. Discussão e sistematização (10 min):
    Em roda ou plenária, cada grupo compartilha o que observou. O professor orienta para que relacionem os fenômenos com as etapas do ciclo da água. Um mapa ou imagem digital pode ser usado para mostrar como isso se relaciona com a distribuição de chuvas no planeta (integração com Geografia).

  4. Fechamento e avaliação formativa (5 min):
    Os alunos escrevem no caderno, em poucas frases, como funciona o ciclo da água e o que mais chamou atenção no experimento. O professor coleta as anotações para avaliar a compreensão e ajustar estratégias nas próximas aulas.

 


Esse exemplo mostra como a IA pode gerar uma estrutura básica rica em ideias, que ganha profundidade e sentido ao ser ajustada pelo professor, levando em conta o tempo disponível, os recursos da escola e o estilo da turma. Com um bom prompt e um olhar pedagógico atento, é possível criar propostas didáticas instigantes com rapidez e qualidade.

Ferramentas recomendadas

O uso de inteligência artificial generativa na educação está se tornando cada vez mais acessível, especialmente com o avanço de ferramentas gratuitas e amigáveis ao usuário. Abaixo, destacamos algumas das principais plataformas que podem ser utilizadas por professores para criar planos de aula, gerar atividades, adaptar materiais e muito mais.

 

ChatGPT (OpenAI)

  • Acesso: https://chat.openai.com

  • Versão gratuita: modelo GPT-3.5, com desempenho muito eficiente para criação de planos de aula, sugestões de atividades e revisões textuais.

  • Versão paga (GPT-4): oferece respostas mais elaboradas, melhor contextualização e permite uso de imagens e arquivos.

  • Vantagem: interface intuitiva, ótima para professores iniciantes no uso de IA.

  • Dica pedagógica: use o histórico de conversa para adaptar e evoluir seus planos de aula em sequência.

 

Gemini (Google)

  • Acesso: https://gemini.google.com

  • Integração com Google Docs e Drive: ideal para professores que já utilizam o Google na escola.

  • Versão gratuita: boa performance com comandos curtos e produção textual.

  • Versão paga: disponível dentro do Google One AI Premium.

  • Vantagem: excelente para revisar e expandir textos educativos dentro do ecossistema Google.

 

Claude (Anthropic)

  • Acesso: https://claude.ai

  • Foco em segurança e controle: ideal para professores que desejam maior confiabilidade na filtragem de conteúdo.

  • Permite entrada de arquivos e documentos longos: ótimo para revisar planos extensos ou adaptar apostilas.

  • Vantagem: linguagem natural e estruturação textual clara, útil para ajustes finos em planejamentos pedagógicos.

 

Microsoft Copilot

  • Acesso: disponível para usuários com conta Microsoft 365 (Word, Excel, PowerPoint).

  • Integração nativa: aparece como assistente dentro do Word, permitindo criar planos de aula diretamente no documento.

  • Vantagem: ideal para escolas que já utilizam a suíte Office.

  • Dica pedagógica: use para gerar conteúdos complementares, avaliações e apresentações.

 

Outras ferramentas que podem apoiar o processo:

  • Eduaide.Ai: voltada exclusivamente para o contexto educacional, com planos de aula prontos para adaptação.

  • Canva com IA: pode ser usada para transformar o plano gerado em um material visual apresentável.

  • Notion AI: útil para organizar seus planos em um ambiente de anotações digitais com geração de textos automatizada.

 


Essas ferramentas têm potencial para transformar a rotina de planejamento, mas cada professor deve explorar, testar e escolher aquela que melhor se adapta ao seu estilo, à sua escola e à sua disciplina. Comece por uma delas, experimente diferentes tipos de prompts e observe como a IA pode se tornar uma parceira constante na criação de aulas mais ricas, variadas e bem estruturadas.

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Rodrigo Terra

Com formação inicial em Física, especialização em Ciências Educacionais com ênfase em Tecnologia Educacional e Docência, e graduação em Ciências de Dados, construí uma trajetória sólida que une educação, tecnologias ee inovação. Desde 2001, dedico-me ao campo educacional, e desde 2019, atuo também na área de ciência de dados, buscando sempre encontrar soluções focadas no desenvolvimento humano. Minha experiência combina um profundo conhecimento em educação com habilidades técnicas em dados e programação, permitindo-me criar soluções estratégicas e práticas. Com ampla vivência em análise de dados, definição de métricas e desenvolvimento de indicadores, acredito que a formação transdisciplinar é essencial para preparar indivíduos conscientes e capacitados para os desafios do mundo contemporâneo. Apaixonado por café e boas conversas, sou movido pela curiosidade e pela busca constante de novas ideias e perspectivas. Minha missão é contribuir para uma educação que inspire pensamento crítico, estimule a criatividade e promova a colaboração.

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